Foi pela mão da minha avó que aprendi a ler, a escrever e para que serve um ponto de interrogação. Mais dada aos livros do que aos ecrãs, usava o comando do televisor sobretudo para cantar. A música carimbou a minha estreia na SIC (Chuva de Estrelas) aos 14 anos, quando ainda estava dividida entre a Economia e o Jornalismo. Troquei as funções pelas inquietações e vingou a vontade de conhecer os rostos que dão forma às estatísticas.Comecei na RUC - durante o curso de Jornalismo na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - apaixonei-me pela profissão no Público, fui menina da rádio dedicada aos programas de ciência (TSF/Eureka e Antena 1/Click), experimentei a apresentação no Sociedade Civil (RTP2) e fui entrando de mansinho na SIC, onde estou desde 2015, como repórter todo o terreno. São as dúvidas que me fazem saltar da cadeira e ir para a rua, à procura de respostas que ajudem a compreender melhor o que nos rodeia. Gosto de contar estórias, da surpresa dos dias, de dar voz aos invisíveis, do privilégio de aprender com todos e de nunca ter deixado a idade dos porquês.