No Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, o Fluminense bateu o Boca Juniors para fazer história. O clube carioca venceu pela primeira vez a Taça Libertadores, a principal competição de clubes de América do Sul, derrotando um dos maiores campeões da competição.
Depois das polémicas fora do relvado - as lamentáveis agressões a adeptos argentinos no Rio de Janeiro quase resultaram numa final com portas fechadas - só se viu festa num Maracanã lotado.
O Fluminense, a jogar em casa, no mesmo palco em que saiu derrotado na final da Libertadores de 2008, entrou pressionante para escrever uma nova história. Foi uma primeira parte de sentido único. E de Germán Cano.
O avançado argentino dos tricolores, melhor marcador da competição (13 golos), balançou as redes aos 36 minutos e fez o Maracanã tremer.
A igualdade para o Boca surgiu aos 72 minutos por intermédio de Luis Advincula, ex-Vitória FC .
Kennedy decide, Marcelo vai às lágrimas
O jogo foi para o prolongamento, com mais de 30 minutos de autêntico drama.
O “Presidente” John Kennedy marcou aos 99', repetindo o que tinha feito nas meias-finais, mas foi expulso logo de seguida.
Já no descontos da primeira parte, com o Boca Juniors por cima, Frank Fabra agrediu um adversário e viu o cartão vermelho.
Os argentinos, seis vezes campeões da Libertadores, pressionaram até ao último minuto, mas o título ficou nas mãos do Fluminense, treinado por Fernando Diniz (também da Seleção brasileira), com jogadores como Ganso, Felipe Melo e Marcelo.
Este último, lateral que venceu cinco Liga dos Campeões pelo Real Madrid, desmanchou-se em lágrimas ainda antes do apito final.
Um título inédito, de sonho. No mesmo palco que, um dia, foi o do pesadelo.