Conflito Israel-Palestina

Netanyahu critica decisão de Espanha, Irlanda e Noruega de reconhecer a Palestina como Estado

Espanha, Irlanda e Noruega foram os mais recentes países a reconhecer o Estado da Palestina. A decisão foi duramente criticada pelo primeiro-ministro de Israel que defendeu que este reconhecimento se trata de "uma recompensa pelo terrorismo".

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O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, criticou esta quarta-feira o anúncio de Espanha, Irlanda e Noruega de que reconhecerão o Estado palestiniano e comentou que "ao mal não se pode dar um país".

O chefe do Governo de Telavive defendeu, num vídeo divulgado pelo seu gabinete, que o reconhecimento dos três países europeus é "uma recompensa pelo terrorismo", em alusão aos grupos armados palestinianos, e que "não trará a paz" à região.

"Este mal não deveria receber um Estado. Será um Estado de terror. Tentará repetidas vezes levar a cabo o massacre de 07 de outubro, e não o permitiremos", declarou Netanyahu, recordando o ataque do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita que matou mais de 1.100 pessoas e deixou outras cerca de 250 na condição de reféns.

Segundo o primeiro-ministro israelita, 80% dos palestinianos da Cisjordânia "apoiam o terrível massacre de 07 de outubro".

Os Governos de Espanha, Irlanda e Noruega anunciaram, neste dia, que vão oficializar o reconhecimento do Estado da Palestina na próxima terça-feira, 28 de maio.

O anúncio foi saudado pelos dirigentes palestinianos e criticado pelo Governo israelita, que chamou os seus embaixadores nos três países e convocou os homólogos em Jerusalém.

A Eslovénia também indicou que irá juntar-se em breve ao reconhecimento do Estado palestiniano.

Já reconheceram unilateralmente o Estado da Palestina cerca de 137 dos 193 membros da Organização das Nações Unidas (ONU), de acordo com a Autoridade Palestiniana.