Os números de novos casos continuam a subir e Portugal bate recordes todos os dias. Teresa Leão, médica e investigadora de saúde pública na Universidade do Porto, explica que a alteração das normas da Direção-Geral de Saúde (DGS) é uma decisão que está em linha com os estudos feitos em vários países.
“Atualmente temos muito mais segurança em dizer que bastam 10 dias [de isolamento], sendo que nos três últimos dias temos de ter pessoas que não têm febre, sem tomar qualquer tipo de medicação, e que tenham tido melhoria significativa de sintomas para dizermos que realmente podem voltar à sua vida normal sem terem de fazer testes”, explica a investigadora na Edição da Tarde da SIC Notícias.
O teste à Covid-19 tem como base a presença de material genético do vírus nas regiões do nariz e da orofaringe, o que significa que, em alguns casos, o vírus pode já estar morto e continuar no organismo, resultando num teste positivo.
A médica de saúde pública defende ainda que é necessário reforçar a comunicação sobre a doença para que as população “saiba o que fazer quando está doente”, disse a médica de saúde pública.
“Era espectável que as pessoas já tivessem aprendido os comportamentos básicos de proteção mas a verdade é que quando visitamos familiares ou amigos, descoramo-nos. Chegamos a casa das pessoas de quem gostamos e tiramos a máscara, por exemplo, ou estamos mais próximos. Neste preciso momento temos de fazer precisamente o contrário que é chegarmos a casa de alguém de quem gostamos e colocarmos a máscara, mantermos os dois metros de distancia, não abraçarmos porque podemos estar com eles mas em segurança”, aconselha Teresa Leão.
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