Crise Política

Aguiar-Branco apela à aprovação da moção de confiança em nome do "interesse nacional"

Presidente da Assembleia da República pede aos partidos que coloquem o interesse nacional acima dos interesses partidários.

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O Presidente da Assembleia da República apelou este domingo à aprovação da moção de confiança no Parlamento. José Pedro Aguiar-Branco pede aos partidos que coloquem o interesse nacional acima dos interesses partidários.

Aproveitando uma visita a Matosinhos, o presidente da Assembleia da República (AR) não se desviou das questões dos jornalistas e demonstrou bem a esperança na aprovação da moção de confiança, mesmo que essa aprovação seja por abstenção.

"Devo dizer que eu tenho confiança que ainda seja possível aprovar esta moção de confiança, porque acredito que o interesse nacional irá prevalecer, como aconteceu quando foi o Orçamento de Estado, e também para que as moções de censura [apresentada pelos partidos] não tivessem a sua aprovação", afirmou Aguiar-Branco, lembrando que existe a possibilidade da abstenção.

Aguiar-Branco está confiante e reafirma que o país não precisa de eleições antecipadas.

"Eu acredito que o superior interesse nacional seja, na hora da sua votação, prioritário, tal como também foi nas moções de censura, e tal como aconteceu também na votação do Orçamento de Estado", frisou.

A cerca de 48 horas da moção de confiança ser discutida no parlamento, insistiu na ideia de que "haja todo esse processo de reflexão, de recolocação como prioridade o interesse nacional".

"E eu, como presidente da Assembleia da República, desejaria que assim fosse. E, portanto, quero trabalhar na hipótese de, até terça-feira, ser possível que se coloque o interesse nacional acima de qualquer interesse partidário", disse.

E se o interesse nacional "for colocado em primeiro lugar, relembro que até pela via da abstenção, ela poderá ser aprovada e, portanto, o país poderá continuar a contar com a estabilidade", frisou.

“Tem de deixar de se vitimizar”: Pedro Nuno diz que Montenegro é que está na lama

Pedro Nuno Santos acusou, no sábado, Luís Montenegro de estar na lama e de arrastar o PSD, o Governo e o país para ela. Foi a resposta do líder socialista às palavras do primeiro-ministro, que disse querer eleições para evitar ter o país “envolto em lama”.

Em declarações aos jornalistas, este sábado, à margem da apresentação da candidatura de Alexandra Leitão à presidência da Câmara de Lisboa, o líder do PS voltou a afirmar que o primeiro-ministro esteve “avençado” durante quase um ano no cargo.

"Não deixa de ser caricato, porque quem criou a lama foi Luís Montenegro. Luís Montenegro está na lama, arrastou o PSD e o seu governo para a lama e agora quer atirar o país para a lama", acusou.

Pedro Nuno Santos considerou que Montenegro "só se pode mesmo queixar de si próprio e não é dos portugueses, não é dos partidos políticos".