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Assange, fundador do Wikileaks, entregou-se à polícia britânica

O fundador do site Wikileaks, Julian Assange, entregou-se hoje à polícia britânica, no âmbito de uma investigação da polícia sueca, confirmando-se o que tinha anunciado o seu advogado, Mark Stephens. Assange encontrava-se em local desconhecido no Reino Unido desde que o Wikileaks começou a divulgar centenas de telegramas diplomáticos dos Estados Unidos na semana passada.

O fundador da Wikileaks, Julian Assange, foi hoje detido pela polícia britânica, anunciou a Scotland Yard.



Julian Assange, de 39 anos, "foi detido no âmbito de um mandado europeu às 9h30", depois de se ter apresentado à polícia, precisou a Scotland Yard.



"Ele deve comparecer hoje perante o tribunal de justiça de Westminster", acrescentou em comunicado.



Julian Assange deverá responder por várias acusações, entre as quais agressão sexual e violação, que terá cometido em agosto na Suécia, precisa o comunicado.



O fundador do Wikileaks negou as acusações, que o seu advogado afirmou derivarem de um conflito relativo a sexo consentido mas desprotegido, mas anunciou hoje de manhã que Julian Assange iria entregar-se à polícia britânica.



O advogado acrescentou que as duas mulheres só apresentaram as queixas depois de tomarem conhecimento das relações que ambas mantiveram com Assange.



Novo escândalo com informações dos EUA



O WikiLeaks, lançado em 2006, tornou-se conhecido do grande público, quando difundiu, em finais de Julho, 77 mil documentos secretos e pormenorizados sobre a guerra no Afeganistão, provocando a fúria do Pentágono.



Em Outubro passado, o portal voltou a divulgar conteúdos classificados, desta vez relacionados com as operações militares norte-americanas na guerra no Iraque, num total de 400 mil documentos.



Finalmente, os jornais Guardian (Reino Unido), El País (Espanha), Le Monde (França), Der Spiegel (Alemanha) e New York Times (EUA) começaram a divulgar, em 28 de Novembro, telegramas de uma série de 250 mil documentos diplomáticos norte-americanos recebidos pelo WikiLeaks.



Com Lusa