Os ministros das Finanças e do Ambiente negam as suspeitas de que são alvo no caso Tutti Frutti.
Fernando Medina e Duarte Cordeiro dizem nunca ter sido notificados ou ouvidos pelo Ministério Público neste ou em qualquer outro caso. Garantem também que não participaram em qualquer pacto com o PSD.
É a resposta dos ministros à investigação da TVI e da CNN Portugal que avançou que os governantes são suspeitos de vários crimes.
Fernando Medina estará a ser investigado por corrupção, prevaricação e abuso de poder, enquanto era presidente da Câmara de Lisboa. Em causa, estará uma troca de favores combinada com o PSD.
O entendimento consistiria em ambos os partidos apresentarem candidatos fracos às juntas de freguesia para manter a mesma presidência.
Já o ministro do Ambiente terá influenciado projetos urbanísticos, nomeadamente o da Torre de Picoas, em Lisboa.
Haverá dezenas de escutas e e-mails trocados com dirigentes do PSD, entre eles Sérgio Azevedo, antigo vice-presidente do Grupo Parlamentar social democrata.
A operação Tutti Frutti remonta a 2016. A investigação começou depois de várias denúncias anónimas relacionadas com a contratação da empresa AmbiGold, que conseguiu contratos para a limpeza e conservação de jardins de três freguesias.