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Entrevista SIC Notícias

Edifícios em Portugal estão preparados para um sismo de magnitude 4,7?

O diretor da Escola Portuguesa de Salvamento explica, à SIC Notícias, se os edifícios de Portugal podem sofrer danos com um sismo de magnitude 4,7 na escala de Richter, como aquele que foi sentido, esta segunda-feira, na grande Lisboa.

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Um sismo de magnitude 4,7 na escala de Richter com epicentro a cerca de 14 quilómetros a oeste-sudoeste de Seixal, no distrito de Setúbal, foi registado, esta segunda-feira, pelas 13:24 nas estações da Rede Sísmica do Continente, revelou o IPMA. O diretor da Escola Portuguesa de Salvamento, Francisco Rocha, diz que apesar das "construções mais fragilizadas", um tremor de terra desta intensidade "não provoca dano" nos edifícios.

No entanto, Francisco Rocha refere, em entrevista à SIC Notícias, que não se pode considerar que este abalo sentido pelas 13:24 "poderá ser o sismo principal, porque pode ser uma réplica", uma vez que "nos últimos dias tem havido uma grande intensidade sísmica na zona envolvente a Portugal".

"Somos um país com risco sísmico e esquecemos isso muitas vezes"

"Costuma-se dizer que é uma chamada de atenção. Em agosto já houve essa chamada de atenção e [esta segunda-feira] foi novamente uma chamada de atenção à população. Nós somos um país de grande risco sísmico - não em termos de regularidade, mas de intensidade, [com] grandes sismos".

Sobre o que as pessoas devem fazer caso voltem a sentir um sismo desta magnitude, o especialista alerta que "numa grande cidade, fugir para a rua pode não ser solução", ainda para mais se o sismo for de uma intensidade superior a 6.3, em que é "impossível do ser humano conseguir andar."

Portanto, as pessoas "devem ter já identificado no locais de trabalho e nas casas, [as zonas] que são seguras para se protegerem". Francisco Rocha destaca ainda que a "ideia de ficar debaixo das mesas já está ultrapassada". É preciso identificar em casa "os objetos robustos, paredes mestras, e tudo o que possa salvar vidas", reforça.