Foi mais uma manhã de vigilância em Covas do Barroso. Mal soube das notícias de que a empresa mineira ia voltar à prospeção de lítio, Maria Loureiro foi ver se havia novidades no terreno.
Está ainda tudo parado, mas a Savannah fez saber em comunicado que nos próximos dias regressa à atividade.
Maria foi uma das proprietárias que interpôs a providência cautelar que suspendeu os trabalhos para a mina de lítio há 15 dias.
“Não tive notificação nenhuma”
Agora, o Governo terá emitido uma resolução fundamentada, alegando o interesse público para que a empresa britânica possa continuar com as perfurações.
"Não tive notificação nenhuma. Para mim as coisas continuam como estavam", diz a proprietária do terreno.
Para já, tudo o que se sabe sobre a decisão do Governo é através da empresa mineira. A Savannah diz que a resolução fundamentada reitera a confiança do Estado no projeto de lítio do Barroso.
Foi a forma encontrada para contornar a suspensão dos trabalhos devido à providência cautelar, por ser gravemente prejudicial para o interesse público.
Para os proprietários é mais um duro golpe, mas desistir não é opção em Covas do Barroso. Para os opositores à mina, o que vai contar mesmo é o que vai decidir a providência cautelar e outros processos que estão em tribunal.
A empresa mineira acredita que tudo está a ser bem feito num projeto que entende ser essencial para desenvolver o país e a região.