Mayor alerta, no entanto, que serão precisos muitos anos, ou mesmo décadas, para conseguir demonstrar esta hipótese.
Desde a descoberta de Mayor e Queloz, em 1995, foram encontrados mais de 700 planetas extrassolares, mas os astrónomos estimam que só na nossa galáxia existam 100 mil milhões, dos quais 10 mil milhões em zonas consideradas habitáveis.
Em reconhecimento do trabalho desenvolvido em busca de novos Mundos, a Fundação BBVA distinguiu com o Prémio Fronteiras do Conhecimento os astrónomos Mayor e Queloz, que receberão o galardão esta sexta-feira em Madrid.
Em entrevista ao espanhol El Mundo, Mayor lembrou: “a pluralidade de mundos e a possibilidade de que existam múltiplas formas de vida no Universo é uma questão muito antiga. Há mais de 2.000 anos que os filósofos gregos debatem este assunto, mas só agora estamos a adquirir a capacidade tecnológica necessária que permita obter uma resposta científica a essa pergunta.
As descobertas dos últimos anos deixaram evidente, segundo o astrónomo suíço, que existem “muitíssimos planetas no Universo que têm a temperatura adequada e as condições necessárias para a existência de vida”. No entanto, Mayor admite que de momento, “não se sabe com certeza se mesmo tendo as condições adequadas, existirá vida ou não. Não sabemos se a existência de vida é um processo habitual no Universo”, admite ao jornal El Mundo.