A Direção-geral da Saúde (DGS) divulgou, esta sexta-feira, o relatório semanal da pandemia, dando conta de que os casos subiram, assim como a mortalidade. Em sentido inverso, os internamentos registaram uma descida.
Entre os dias 26 de abril e 2 de maio, foram reportados 76.183 novos casos. Deste total, o Norte foi a região que registou mais casos (24.903), segue-se Lisboa e Vale do Tejo (22.213), o Centro (16.706), e mais distantes o Alentejo (4.821), os Açores (3.105), Algarve (2.988) e Madeira (1.447).
No início da semana estavam 1.119 pessoas internadas (menos 89 do que na semana anterior), das quais 60 em unidades de Cuidados Intensivos (mais 11). Em sentido inverso, indica o relatório da DGS, nos últimos sete dias morreram 125 devido à covid-19 – mais duas em relação à semana anterior (uma variação de 2%).
Foi também no Norte que se registou o número de óbitos mais elevado (42), a que se segue o Centro (34) e a região de Lisboa (30).
Já se encontra disponível o Relatório de Situação Semanal de 06 de maio, referente ao período compreendido entre os dias 26 de abril a 02 de maio.#Saúde #SNS #COVID19PT #estamoson #sejaumagentedesaudepublica pic.twitter.com/HX2lFEGhnT
— DGS (@DGSaude) May 6, 2022
Incidência “muito elevada” e Rt a subir
O relatório de Monitorização das Linhas Vermelhas, divulgado pela DGS e pelo Instituto Nacional Ricardo Jorge (INSA), indica que alerta que a covid-19 “mantém uma incidência muito elevada, com transmissibilidade crescente”, com destaque para as regiões Norte, Centro e Açores com continuam com um Rt superior a 1 – “1,09; 1,06 e 1,04, respetivamente”. A nível nacional, o índice de transmissibilidade está, neste momento, em 1,03 – ligeiramente acima em relação à semana passada.
A exemplo desta tendência, o número de novos casos por 100 mil habitantes foi, nos últimos sete dias, “de 740 casos, com tendência estável a nível nacional”. Na semana passada, recorde-se, este número era ligeiramente inferior (556 casos).
Por regiões, o Norte e Açores “apresentaram uma tendência crescente”, a Madeira “uma tendência decrescente”, e as restantes regiões “uma tendência estável”.
Sobre variantes, a “linhagem BA.2 da variante Omicron apresenta uma frequência relativa estimada de 73,8% (…) e com tendência decrescente“. Porém, refere o relatório, “em contraciclo, (…) há um aumento relevante de circulação da linhagem BA.5 da variante Omicron e potencialmente de uma nova sublinhagem da BA.2 (agora designada como BA.2.35)“.
“Ambas apresentam mutações adicionais com impacto na entrada do vírus nas células humanas e/ou na sua capacidade de evadir a resposta imunitária”, explicam DGS e INSA.
Destaque também para o facto de, o número de internados em unidades de Cuidados Intensivos registar, neste momento, “uma tendência crescente, correspondendo a 23,5% (no período em análise anterior foi de 19,2%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas”.
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