Na próxima semana, provavelmente, haverá uma “aceleração [do número de novos casos] ainda que mitigada” pela vacinação, mas também pelo desgaste de população suscetível, ou seja “a certa altura já não vai haver tanta gente disponível para infetar”, explica Bernardo Gomes em entrevista à SIC Notícias.
O médico de Saúde Pública defende também que os alunos deveriam ter sido incluídos na testagem no início das aulas.
No entanto, acrescenta que as semanas de contenção após o Natal ajudaram a mitigar o número de casos nos estabelecimentos de ensino. Ainda assim, acredita que se podia “ter feito mais para tentar testar os alunos antes do regresso à escola”.
Bernardo Gomes acredita que a diferença na adesão entre a vacinação de adultos e de crianças se prende com o facto de se ter subestimado a importância da vacina nas faixas etárias mais baixas.
“Julgo que se subestimou a mais-valia das vacinas para evitar internamentos hospitalares nas crianças.”
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