O ator australiano Chris Hemsworth anunciou uma pausa na carreira após ter descoberto ter uma predisposição genética para a doença de Alzheimer.
A descoberta foi feita durante as gravações da sua nova série documental “Limitless with Chris Hemsworth” para o canal National Geographic, sobre o declínio natural que vem com o tempo e o envelhecimento. Hemsworth fez uma série de testes genéticos para ver qual o futuro que estava gravado no seu próprio ADN.
O que descobriu, contou à Vanity Fair, foi “o meu maior medo” e decidiu que vai a partir de agora tomar “medidas preventivas”.
A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência e pode causar problemas de memória, confusão e problemas de comunicação.
Hemsworth descobriu que tem duas cópias do gene ApoE4, uma da sua mãe e outra do seu pai, tornando-o 8 a 10 vezes mais propenso a desenvolver a doença do que quem não tema as duas cópias do gene.
Cerca de 2 a 3% da população mundial tem duas cópias deste gene.
Pausa na carreira, “não entreguei a minha demissão”
Na entrevista, Hemsworth garantiu “não entreguei a minha demissão” mas acrescentou que a notícia "realmente desencadeou algo em mim para querer fazer uma pausa".
"O benefício das medidas preventivas para o Alzheimer vai ser benéfico para o resto da vida", disse. "Tem tudo a ver com o controlo do sono, o controlo do stresse, nutrição, movimento, condição física. São todas as ferramentas que precisam ser aplicadas de forma consistente".
Na série “Limitless” Hemsworth testa o seu corpo e explora as maneiras de viver mais e com mais saúde.
O ator de 39 anos vai fazer uma pausa na atuação depois de terminar a digressão publicitária de Limitless. Voltará depois para casa em Byron Bay, na Austrália, para passar um tempo com a sua companheira, a atriz Elsa Pataky, e os seus três filhos.
Alzheimer, a forma mais comum de demência
Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado em setembro do ano passado indicava que 55 milhões de pessoas em todo o mundo com mais de 65 anos tinham demência (cerca de 35 milhões com Alzheimer), projetando 139 milhões para 2050.
Em Portugal, o número estimado de pessoas com mais de 60 anos com demência foi superior a 160 mil, dos quais 50 a 70% com Alzheimer, segundo dados relativos a 2013 e de acordo com uma publicação da Acta Médica Portuguesa, Revista Científica da Ordem dos Médicos.