O arco do tempo de António Mega Ferreira, começou a moldar-se a 25 de março 1949 em Lisboa, uma cidade que acabaria por transformar pelo caminho de uma vida que vivida de tantas maneiras.
Como estudante, aprendeu direito e comunicação social, uma disciplina que viria a viver, também no papel de jornalista, no Jornal Expresso, no Novo, na RTP ou no Jornal de Letras, onde foi chefe de redação.
Pelo arco da vida, Mega Ferreira foi deixando, no papel, as ideias do homem que, pelos livros, comunicava histórias, romances, poemas e ensaios. Como escritor, publicou cerca de 40 livros...num papel que também partilhou com o curriculum de tradutor e de fundador das revistas "Ler" e “Oceanos”, um tema central num legado que acabaria por mudar para sempre a cidade que amava
Chefiou a candidatura de Lisboa à Expo'98, como comissário executivo. Um sucesso que transformou, mais tarde, em novas interpretações, do tal prazer pelo trabalho, que exerceu como presidente da Parque Expo, do Oceanário de Lisboa, e da Fundação Centro Cultural de Belém.
A cultura de António Mega Ferreira orientou o CCB durante seis anos, antes de dirigir a orquestra metropolitana de Lisboa.
A várias vidas de Mega Ferreira foram reconhecidas, em vida, com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo ou o Prémio Camilo Castelo Branco. No final foi lembrado como um dos melhores da "sua Geração" e um amigo de sempre por Marcelo Rebelo de Sousa, numa nota no site da Presidência da República.