Edgar Martins foi até à Líbia, em 2019, e na sua máquina fotográfica trouxe uma série de retratos de pessoas que viveram o conflito mas também de outras que quiseram colmatar os próprios vazios.
“Indivíduos que não vivenciaram este trauma diretamente, mas que estavam interessados em compartilhar ou entender as suas histórias. O que me apercebi desde cedo é que muitas destas sessões tornaram-se quase como mini comissões de verdade e reconciliação”, disse Edgar Martins, em entrevista à SIC.
No mesmo concurso, um fotógrafo alemão que ganhou uma prestigiada distinção internacional de fotografia recusou receber o prémio porque a imagem foi gerada por inteligência artificial (IA).
Boris Eldagsen apresentou uma imagem a preto e branco de duas mulheres e venceu na categoria de Criatividade dos Prémios Sony World Photography.
Já o vencedor português na categoria de Fotógrafo do Ano reagiu à polémica, considerando que a inteligência artificial “é uma ferramenta como tantas outras”.