A Seleção Nacional de râguebi venceu este domingo a Alemanha, por 56-14, e apurou-se para o Campeonato do Mundo, que se vai realizar em 2027, na Austrália. O jogador da Seleção Nacional de râguebi, Simão Bento, descreve como foi vivida esta conquista e o crescimento da modalidade em Portugal.
Para Simão Bento, o momento foi de grande satisfação:
“Nós sabíamos que o apuramento era tudo o que pensávamos desde 2023 e as palavras ontem foram: 'Conseguimos, divirtam-se'. E agora é o início do novo processo (...) terça-feira, amanhã, arrancamos para a Roménia para mais um jogo.”
Ao contrário da edição anterior, onde o apuramento foi decidido num torneio de repescagem, Portugal tem agora dois anos para preparar a competição com menos pressão.
“Desta vez conseguimos o apuramento cedo. No último Mundial, o apuramento foi à última da hora, num torneio de repescagem. Desta vez, isto permite-nos ter dois anos, com menos pressão e mais tempo. Ainda não foi muito falado sobre isso. O plano está estabelecido, mas ainda não foi muito falado.”
O crescimento do râguebi em Portugal
O jogador sublinha a importância de um maior reconhecimento da modalidade:
“O que faz falta é a modalidade crescer, as pessoas começarem a gostar de ver râguebi, o râguebi começar a passar mais na televisão e isto criar uma massa maior. Acho que desde o último Mundial que há imensa gente que começou a ver, começou a interessar-se um bocado mais. Isto é um processo longo, mas sentimos um apoio diferente. Mesmo pessoas que antes nem ligavam nada, já acompanham, já veem os resultados e veem o que nós fazemos. Isto é um caminho longo, mas que está a ser feito muito à base dos resultados.”
Apesar do amadorismo da modalidade em Portugal, Simão Bento acredita que há qualidade:
"Os jogadores que jogam cá poderiam estar fora, mas têm trabalho e família. Seria bom que o râguebi se profissionalizasse, mas é um caminho longo."
O próximo desafio: Roménia
Portugal defronta no sábado a Roménia, com o apuramento já garantido. Algumas alterações na equipa são esperadas, já que os clubes profissionais libertaram jogadores apenas para a qualificação.
“Queremos ganhar para ter a meia-final em casa e conseguir chegar o mais longe possível neste torneio, que também conta para o Mundial, porque quanto melhor ficarmos no ranking deste torneio, melhor será o nosso grupo no Mundial, por isso tudo conta.”