Os preços da eletricidade não têm parado de subir, quer no mercado ibérico, quer na Europa. Perante este cenário - que dura há meses - o governo espanhol introduziu um corte na remuneração dos produtores de eletricidade que não emitem dióxido de carbono (CO2), mas agora pondera voltar atrás.
Segundo o jornal espanhol "Cinco Días", o Ministério da Transição Ecológica pondera suspender ou modificar esta medida pois o aumento dos preços do gás praticamente duplica o corte de receitas das três grandes empresas de eletricidade, Endesa, Iberdrola e Naturgy, inicialmente fixado num total de 2.600 milhões de euros (dos quais 2 mil milhões referentes a estas três empresas)
A ministra de Transição Ecológica, Teresa Ribera, convocou uma ronda de reuniões com os responsáveis destas empresas para discutir a questão e encontrar soluções. As empresas traçaram suas propostas já esta semana e, segundo indica o jornal, as opções passam por adiar a norma ou modificá-la para não haver um corte tão grande.
A situação agravou-se tanto que empresas ameaçaram fechar e o setor avisa que o governo de Pedro Sanchéz poderá estar continuamente a fazer correções. Por isso, a ministra já demonstrou disponibilidade para acabar mesmo com a medida, dependendo das ajudas da União Europeia.