As rendas vão subir cerca de 5% no próximo ano por causa da inflação, que atingiu os 9,1% em julho. Os dados foram confirmados pelo Instituto Nacional de Estatística.
Numa altura em que o custo de vida disparou, as rendas das casas, do comércio e da indústria vão subir 5% no próximo ano - o maior aumento da última década.
Isto significa que um inquilino com um contrato de arrendamento no valor de 500 euros passará a pagar mais 25 euros mensais e, numa renda de 850 euros, o aumento será de 42,50 euros. Já nas casas cuja renda custe pelo menos mil euros, o inquilino pode pagar mais 50 euros por mês.
Todos os anos, as rendas são atualizadas com base no valor da inflação. O Instituto Nacional de Estatística confirmou, esta quarta-feira, que a taxa de inflação do país atingiu os 9,1% em julho.
A subida das rendas acompanha o aumento dos preços que se têm registado nos últimos meses nos combustíveis, na alimentação e na eletricidade.
Ainda assim, é preciso aguardar que o INE publique no final do mês a estimativa da taxa de inflação referente a agosto. O valor final tem de ser publicado em Diário da República, até 30 de outubro e só depois é que os senhorios podem comunicar aos inquilinos o valor do aumento em 2023.
As rendas têm subido desde 2015: este ano sofreram uma atualização de 0,43%, depois de terem ficado congeladas em 2021.
O aumento vai pesar na carteira de mais de 600 mil famílias portuguesas - o número aproximado com contrato de arrendamento.