O valor que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) deve a fornecedores externos subiu para 2,3 mil milhões de euros. É a dívida mais elevada dos últimos oito anos.
O valor inclui os pagamentos que ainda estão a decorrer e aqueles cujo prazo já foi ultrapassado - a chamada dívida vencida. É essa que representa a maior fatia quase 60 por cento da dívida total do SNS a fornecedores externos.
Segundo a Associação de Administradores Hospitalares, um dos fatores que explica esta subida é a maior atividade assistencial necessária no pós pandemia. Mas também a subida dos preços de produção está a pesar no aumento da dívida. Além dos materiais hospitalares. o aumento dos combustíveis e da eletricidade pesam agora mais na fatura do SNS.
Ao jornal Público, a Administração Central do Sistema de Saúde diz que estes valores não incluem ainda o impacto das receitas previstas no Orçamento do Estado para este ano.
No mês passado, foram transferidos quase 300 milhões de euros para as entidades do SNS o que deverá refletir-se numa diminuição da dívida total em julho.