A guerra na Ucrânia tem tido um forte impacto na subida do custo de vida na Europa. Os governos dos vários países têm aplicado medidas extraordinárias. As abordagens variam: desde descontos nos combustíveis e transportes públicos a cheques diretos para os cidadãos.
A maior economia da Europa – a Alemanha – já vai no terceiro pacote de ajuda às famílias e empresas. No total foram aplicados 65 mil milhões de euros. Entre as novas medidas está a atribuição de um cheque-energia único de 300 euros para reformados e de 200 euros para estudantes.
O Governo de Berlim tinha já anunciado um bónus de 300 euros sujeito a impostos para todos os trabalhadores. Nos últimos três meses vigoraram no país descontos nos combustíveis e um passe mensal de transportes públicos de nove euros – que o Governo alemão quer relançar.
Em França, a última semana de agosto trouxe um aumento do desconto nos combustíveis, que passa a ser de 0,30 euros por litro. Os preços do gás estão congelados e a subida no preço da eletricidade mantém-se limitada a um máximo anual de 4%. Também nas rendas há uma limitação: só podem ser aumentadas em 3,5%.
Entre outras medidas, o Governo de Macron eliminou a contribuição audiovisual, que em França era de 138 euros anuais.
O Governo espanhol anunciou esta semana a redução do IVA do gás de 21% para 5%, uma medida a vigorar entre outubro e dezembro. Nos 5% de IVA estava já a eletricidade.
Nos transportes, Espanha prolongou o desconto de 0,20 euros por litro nos combustíveis até ao fim do ano e há passes mensais gratuitos para várias rotas ferroviárias intermunicipais.
O governo do Reino Unido, que terá novo primeiro-ministro na segunda-feira, anunciou já um desconto acumulado de 400 libras nas contas de energia de cada família ao longo do próximo inverno. Resta saber que mais têm na manga Liz Truss ou Rishi Sunak, candidatos à sucessão de Boris Johnson.