Economia

Empresas de distribuição alimentar admitem levar Estado a tribunal

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Em causa está a proposta do Governo que prevê aplicar uma taxa de 33% sobre os lucros excedentários do setor já este ano.

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) garante que os grandes grupos de distribuição estão unidos para ir até ao fim na contestação da medida, que ainda está em discussão no Parlamento e prevê uma taxa de 33% sobre os lucros inesperados do setor.

Por agora, ir até ao fim pode significar levar o Estado a tribunal. As empresas de distribuição dizem não entender este imposto, a que chamam de duvidoso, populista e enganador.

A taxa a ser aprovada atinge todos sem igual, incluindo os maiores grupos do país como a Sonae, a Jerónimo Martins, o Auchan, o Lidl, o Mercadona e o Intermarché.

A associação que os representa garante que a distribuição enfrenta em Portugal uma das maiores cargas fiscais da Europa, que tem estado a acomodar o aumento dos custos dos fatores de produção para que pese menos sobre os consumidores e que tem cumprido a obrigação de abastecer as casas dos portugueses sem ruturas, num contexto difícil de aumento de custos em toda a cadeia e de aumento dos preços das matérias-primas.

A APED garante ainda que pode facilmente demonstrar que os resultados operacionais não se devem a lucros extraordinários e que as empresas do setor não estão a ser beneficiadas de forma alguma pela guerra na Ucrânia nem pela inflação.

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