O comentador da SIC Luís Marques Mendes diz que o Governo tomou a decisão de dar um apoio extraordinário de 240 euros às famílias mais carenciadas porque os cofres do Estado têm beneficiado da inflação.
"Isto não é um favor que o Governo fez (...). Governo pode tomar esta decisão porquê? Tem os cofres cheios. A inflação prejudica os mais pobres, mas ajuda muito o Estado, que tem receita fiscal".
O primeiro-ministro António Costa anunciou, na quarta-feira, um apoio extraordinário de 240 euros para ajudar as famílias mais vulneráveis. Este anúncio é feito cerca de dois meses depois do outro apoio, no valor de 125 euros, ter começado a ser pago. Mas, atenção, o número de beneficiários não é o mesmo.
As famílias com menos rendimento serão o alvo deste apoio, ou seja, famílias que estejam abrangidas pela tarifa especial de eletricidade ou que recebem prestações sociais mínimas, tais como:
- Complemento solidário para idosos;
- Rendimento social de inserção;
- Pensão social de invalidez do regime especial de proteção na invalidez;
- Complemento da prestação social para a inclusão;
- Pensão social de velhice;
- Subsídio social de desemprego;
- Pessoas que este ano foram contempladas com duas prestações extraordinárias em duas tranches de 60 euros cada, no final dos primeiro e segundo trimestres.