Economia

Aumento das portagens: utentes falam em "prenda de Ano Novo às concessionárias"

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A Comissão de Utentes da Via do Infante promete luta para acabar com portagens na A22.

A Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) diz que o Governo deu uma “prenda de Ano Novo às concessionárias”, porque tinha mecanismos para evitar o aumento de quase 5% das portagens.

O percurso entre o Algarve e Lisboa passou a custar mais 1,10 euros para quem opta pela autoestrada. É a maior subida na lista de trajetos que ficam mais caros desde 1 de janeiro.

A CUVI avisa que não vai desistir de lutar pela abolição de portagens na única via rápida que atravessa o Algarve, na A22.

De acordo com os contratos com as concessionárias, o aumento das portagens deveria ser ao nível da inflação, de cerca de 10%.

Para minimizar o impacto, o Governo vai entrar com 140 milhões de euros, o que equivale a 2,8%. Os utilizadores, 4,9% o remanescente será suportado pelas concessionárias.

Para a CUVI, a solução é uma “prenda de Ano Novo às concessionárias”. Quase 70% das taxas de portagem de classe 1 sofreram já aumentos desde este domingo.

“As concessionárias todas elas, o Governo paga por ano à volta de 1.500 milhões de euros. Segundo o estudo do Eurostat, o preço razoável é de 400 milhões de euros (...) é um descalabro, um roubo aos contribuintes. Se o Governo quisesse, não fazia estes aumentos”, disse João Vasconcelos, da CUVI.