O secretário-geral do PS defendeu esta quinta-feira que no país não se pode “abrir novas fraturas na sociedade”, acusando o PSD de procurar “normalizar o Chega”, que caracterizou como “um partido que está do lado de fora da democracia”.
“Não nos podemos meter em aventuras e, sobretudo, não podemos abrir novas fraturas na nossa sociedade”, apelou António Costa.
O líder socialista discursava num comício no pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, em que também intervieram o histórico socialista Manuel Alegre, o líder da Juventude Socialista, Miguel Costa Matos, e o presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS, Duarte Cordeiro.
Sem nunca nomear os seus parceiros da geringonça, António Costa abordou o processo de negociação com o PCP e o Bloco de Esquerda, que levou ao chumbo da proposta de Orçamento do Estado para 2022.
“Quando foi necessário, porque estava em causa a sustentabilidade da Segurança Social, nós soubemos dizer não. Quando estava em causa um passo maior que a perna que ameaçava o futuro das empresas e com as empresas o emprego de quem lá trabalha, nós soubemos dizer não”, frisou.
O também primeiro-ministro sustentou assim que o PS tem “a autoridade para dizer ao PSD” que não compreende nem pode “compreender como é que passaram a campanha eleitoral toda a tentar normalizar um partido de extrema-direita como o Chega, a tentar mitigar as propostas do Chega”.
“E é preciso perceber-se o seguinte: a extrema-direita não é mais um partido diferente dos outros partidos, a extrema-direita é um partido diferente da democracia, é um partido que está do lado de fora da democracia”, vincou.
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