A seguir às eleições, António Costa promete um diálogo sem rancores com os outros partidos. O líder do PS pediu aos portugueses para acabarem com a crise política no domingo, num comício em Almada que juntou centenas de apoiantes.
No pavilhão da Sociedade Filarmónica Artística Piedense, em Almada, cenário habituado a receber espectáculos variados, mais de 500 pessoas viram o PS dar palco ao candidato presidencial que, em 2016, reuniu o apoio de vários partidos de esquerda.
“O PS tem uma responsabilidade porque foi em todos os momentos o motor da concórdia nacional, o ponto de mobilização das diferentes forças. De novo, é isso que temos de fazer, sem acrimónias, sem rancores, virando a página desta crise e devolvendo ao país aquilo que é fundamental: Estabilidade no país e tranquilidade na vida de cada português”,
O antigo primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, também foi imagem símbolo da mensagem da noite. É líder de uma coligação de esquerda e veio ilustrar a luz que Costa parece ter encontrado agora.
Costa vinha em missão de paz, mas há uma guerra que o PS não quer perder e, por isso, insiste no mesmo ataque.
No comício de Almada, o líder do PS baixou a guarda em relação a esquerda, precisamente uma semana depois de ter dito que o chumbo do Orçamento por parte do Bloco e PCP era imperdoável.
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