João Cotrim de Figueiredo acusa o Chega de falta de credibilidade. Em causa estão as declarações de André Ventura, que disse ontem que a Iniciativa Liberal quer uma privatização selvagem da TAP. O partido esteve este domingo em campanha no distrito de Setúbal.
Domingo é dia de muita clientela no mercado do Livramento, em Setúbal. Cotrim não compra peixe. Está mais virado para os doces. Leva um frasco de mel, depois de um encontro que podia ter tido um toque amargo.
Pimenta na língua é a avaliação de Cotrim de Figueiredo às declarações de Ventura sobre a privatização da TAP que a Iniciativa Liberal defende.
O presidente da Iniciativa Liberal reafirmou que a proposta de privatização da TAP é determinada e não selvagem, como disse André Ventura, preferindo não fazer mais comentários porque o líder do Chega “muda de opinião a cada dia”.
“A nossa solução não é selvagem é determinada e rápida, sem prejudicar e sem desvalorizar os ativos que são públicos e, portanto, são de todos os contribuintes”, disse João Cotrim de Figueiredo durante um passeio nas docas de Alcântara, em Lisboa.
João Cotrim de Figueiredo
Chega contra “privatização selvagem” da TAP
No sábado, o presidente do Chega disse que é contra “uma privatização selvagem” da TAP “à moda da Iniciativa Liberal”, mas defendeu que a companhia tem de servir não apenas Lisboa, mas todo o território nacional.
João Cotrim de Figueiredo defendeu, novamente, que não deveria ter sido investido um euro na TAP sem uma ideia clara de como é que o Estado iria sair da companhia aérea.
Na opinião do presidente da Iniciativa Liberal, o Estado deve sair da TAP e entregá-la a quem saiba tratar de aviação comercial que, considerou, não é o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.
Cotrim de Figueiredo, que defende a privatização “imediata e responsável” da TAP e o escrutínio de qualquer euro lá investido, propôs uma auditoria do Tribunal de Contas ao processo de nacionalização da companhia aérea.
Já na Costa da Caparica em modo desfile elo paredão, o presidente do partido aponta os riscos do voto à distância.
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