Um primeiro caso de infeção com o novo coronavírus (Covid-19) foi declarado este sábado na Guiné Equatorial, detetado numa mulher de 42 anos que regressava de Espanha.
"As análises permitiram confirmar o diagnóstico de coronavírus", anunciou o ministro da Saúde, Salomon Nguema Owono, citado pela agência francesa AFP.
A paciente, uma cidadã da Guiné Equatorial que regressava de uma semana em Madrid, capital espanhola, ainda não apresenta sintomas, mas foi colocada em isolamento e o seu estado de saúde está a ser monitorizado, adiantou o ministro.
Segundo um comunicado publicado na página oficial da Guiné Equatorial, já foram identificados os contactos da mulher infetada, que estão a ser seguidos. No mesmo comunicado, as autoridades de Malabo apelam à "calma e serenidade" instam a população a respeitar as medidas de prevenção.
Na quinta-feira, as autoridades da Guiné Equatorial reforçaram as medidas preventivas, com vista a evitar a entrada e a propagação do Covid-19 na Guiné Equatorial, limitando o acesso ao país por fronteira terrestre, marítima e aérea.
As companhias aéreas internacionais que operam na Guiné Equatorial estão limitadas a um voo por semana e os viajantes oriundos de países com registo de casos de Covid-19, sejam eles cidadãos nacionais ou estrangeiros, e apresentem ou não sintomas à chegada, terão de ficar em quarentena por um período de 14 dias.
O continente africano é, até ao momento, o menos afetado pela pandemia (assim considerada pela Organização Mundial da Saúde), que já causou mais de 5.700 mortos em todo o mundo, desde que o novo coronavírus foi primeiro detetado, na China, em dezembro.
Porém, e segundo um balanço feito pela emissora pública alemã Deutsche Welle, nas últimas 48 horas foram detetadas infeções com coronavírus em vários países africanos: Ruanda, Mauritânia, Namíbia, Quénia e Etiópia.
Dos 200 casos de Covid-19 registados em pelo menos 19 países africanos, seis resultaram em morte, um número mais abaixo que o registado noutras regiões do mundo.
O Covid-19 já provocou mais de 5.700 mortos em todo o mundo e o número de infetados já ultrapassa as 151 mil pessoas, com casos registados em mais de 137 países e territórios, incluindo Portugal, com 169 casos confirmados.
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