Esta quarta-feira, os enfermeiros estiveram em protesto na região do Porto e de Beja. O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses exige a contratação definitiva dos enfermeiros com vínculo precário contratados para responder à pandemia de covid-19.
A aprovação pelo Governo da entrada de 912 enfermeiros nos quadros, não é suficiente para o sindicato. Afirmam que não chega para dar resposta às necessidades do Serviço Nacional de Saúde e, para além disso, discordam dos critérios definidos.
“O decreto de lei é tão limitativo que a maior parte dos colegas vão ficar de fora. Desde logo porque só permite a conversão em contratos sem termos aos colegas com contratos no âmbito do covid-19, que tenham 8 meses em dezembro. Portanto, todos os outros colegas mais recentes com contratos covid-19 ficam de fora. E também ficam de fora todos os colegas com contratos de substituição”, afirma Celso Silva, dirigente do sindicato dos Enfermeiros Portugueses.
No interior do país, a falta de profissionais é acentuada pela dificuldade em entrar para o quadro. Os enfermeiros estão em protesto há vários meses por todo o país. Lutam também contra horários excessivos e turnos consecutivos sem justa compensação.
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