Um funcionário do Ministério da Saúde de Israel é suspeito de ter enviado em quatro ocasiões mensagens à sua ex-namorada para que se isolasse após supostos contactos com pessoas com covid-19, disse esta quinta-feira a polícia.
O suspeito, descrito como "um funcionário externo trabalhando numa das centrais de atendimento do Ministério da Saúde", "mandou quatro mensagens de texto para o telefone da sua ex-namorada, indicando que deveria entrar imediatamente em quarentena após contacto com um doente confirmado, quando não era esse o caso", precisou a polícia israelita.
A mulher contestou cada uma das vezes a indicação de quarentena, o que despertou suspeitas no Ministério da Saúde, e já foram entregues provas à justiça que poderão levar à acusação do seu ex-namorado.
O homem de 35 anos, que vive no norte de Israel, está a ser investigado por uma série de delitos como abuso de poder, fraude e invasão da privacidade, segundo um comunicado da polícia.
Devido à pandemia do novo coronavírus, mais de dois milhões de israelitas já tiveram de estar 14 dias em rigoroso isolamento desde o início da crise sanitária. Mais de 180.000 pessoas estão atualmente em quarentena obrigatória no país.
Israel impôs no final de dezembro um terceiro confinamento, após um novo aumento dos contágios.
O balanço de hoje do Ministério da Saúde dá conta de um total de 524.000 infetados, incluindo 3.846 mortes, no país de nove milhões de habitantes.