Durante a noite, chegou a haver 30 ambulâncias em espera nas urgências do hospital Santa Maria. Esta manhã, pelas 7:40, estavam ainda 12 veículos com doentes a aguardar serem atendidos.
Segundo o que a SIC apurou, os primeiros da fila estão em espera desde as 19:00 desta quarta-feira, ou seja há perto de 12 horas.
A demora no atendimento, justificada pela alta pressão que se faz sentir no hospital Santa Maria, motivou um protesto silencioso por parte dos bombeiros que ligaram as luzes de forma intermitente. No entanto, o hospital solicitou que fossem desligadas para não perturbar os doentes.
O Santa Maria fez um apelo à população para que apenas se dirija ao hospital em situações urgentes, uma vez que só 15% dos utentes que chegam de ambulância necessitam efetivamente de cuidados urgentes.
Esta terça-feira, pelas 20:00, havia apenas uma cama disponível nas unidades de cuidados intensivos e 16 em enfermaria covid-19. Dados que mudam a cada instante, uma vez que Lisboa é uma das regiões mais atingidas pela covid-19.
- Fila de ambulâncias no Hospital Santa Maria. Bombeiros fizeram protesto silencioso
- Hospital pede a utentes que só recorram ao Santa Maria de ambulância "em situações justificadas"
- Centro hospitalar de Coimbra além da linha vermelha. Unidade militar pode ser solução nos próximos dias
- Hospital São Francisco sob pressão. Capacidade dos cuidados intensivos está esgotada
- Ordem dos Médicos alerta que hospitais da região de Lisboa estão a "chegar ao final da linha"
- Hospital da Luz, Forças Armadas e Portimão recebem doentes do Amadora-Sintra
- Hospital de Viana do Castelo em situação crítica, mas ainda não foi preciso transferir doentes para a Galiza
- Hospitais do Alentejo sob pressão. Taxa de ocupação nos intensivos é superior a 90%
- Covid-19. Hospital de Viseu com mais 94 internados em quatro dias