Desde o início da pandemia foram abertos mais de 242 processos por fraudes na vacinação contra a covid-19, mas até hoje apenas uma pessoa foi condenada.
De acordo com o jornal Público, 160 dessas investigações foram arquivadas, em alguns casos por erros involuntários na formulação do processo e, em muitos outros, por falta de instrumentos para punir ou por obstáculos levantados pelo Ministério da Saúde.
Em outubro de 2022, sobravam pouco mais de 40 inquéritos, segundo dados da Procuradoria-Geral da República. E, entre todos estes casos, houve apenas uma condenação: a de uma enfermeira que, em abril de 2021, prestava serviço no centro de vacinação do Europarque, em Santa Maria da Feira, onde aproveitou para vacinar o marido e o filho, ambos abaixo dos escalões etários inoculados por essa altura.
Além deste caso, há dois julgamentos em curso que aguardam desfecho.
Continuam sob investigação vários casos mediáticos, como o da presidente da Câmara de Portimão, Isilda Gomes, inoculada após ser inscrita como voluntária num hospital de campanha ou ainda o ex-vereador da Proteção Civil na Câmara de Lisboa, Carlos Manuel Castro, que se demitiu após ter sido vacinado com sobras das doses destinadas aos lares.