O investigador do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território (IGOT), da Universidade de Lisboa, é um dos cientistas portugueses que está atualmente a trabalhar no Ártico canadiano e revela que estão "a encontrar taxas de erosão enormes, associadas a um mar mais quente, com menos gelo e mais ondulação".
Gonçalo Vieira lembra também que, havendo menos gelo no Ártico, o reequilíbrio é cada vez mais difícil, porque o gelo reflete a radiação solar e "a partir do momento em que ele desaparece, essa energia solar incidente não vai ser refletida de novo para o espaço e passa a ser absorvida pelo oceano". Além do Ártico, também a Antártida e a Gronelândia estão a sofrer mudanças rápidas e preocupantes, indicadoras de um sistema climático que já está em desequilíbrio.