O Ministério do Ambiente e da Transição Energética afirma que não é "necessária, neste momento, a revisão dos termos da requisição civil em vigor", já que os serviços mínimos foram "genericamente cumpridos" até às 19 horas desta quarta-feira.
"Informa-se não ser necessária, neste momento, a revisão dos termos da requisição civil em vigor", afirma o Ministério liderado por João Pedro Matos Fernandes num comunicado enviado às redações.
DOIS CAMIONISTAS NOTIFICADOS EM CASA
Dois camionistas foram esta tarde notificados em casa pela GNR por desobediência à requisição civil.
Segundo Pardal Henriques, porta-voz do Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas, os camionistas receberam ordens para se deslocarem às instalações da sede da CLC - Companhia Logística de Combustíveis, em Aveiras de Cima.
GNR ESCLARECE NOTIFICAÇÕES DE CAMIONISTAS
A Guarda Nacional Republicana reagiu entretanto às declarações de Pardal Henriques. Numa nota enviada às redações, a GNR esclarece que "foram quatro trabalhadores notificados de que a sua não comparência no local de trabalho constituía a prática do crime de desobediência".
"Perante este facto decidiram voluntariamente cumprir o serviço para o qual estavam nomeados. Assim, não se encontra nenhum trabalhador detido.", conclui a GNR.
ANTÓNIO COTRIM
SINDICATO DESAFIA ANTRAM PARA NOVA RONDA NEGOCIAL
O porta-voz do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas, Pedro Pardal Henriques, desafiou esta tarde a Antram para uma reunião, na quinta-feira, às 15h00, na Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), em Lisboa.
Pardal Henriques diz que quer uma "conciliação", mas não cancela para já a greve.
Agentes da PSP e GNR que asseguram serviços mínimos em risco
Duas associações que representam os agentes da PSP e da GNR acusam o Governo de estar a colocar em risco os militares que foram mobilizados para fazer o transporte de matérias perigosas.
Os agentes fazem escoltas de segurança ao transporte de mercadorias abrangido pelos serviços mínimos, garantem a segurança junto dos piquetes de greve e alguns deles ainda têm a responsabilidade de conduzir os veículos de matérias perigosas
PSD ACUSA GOVERNO DE SER "PARTE DO PROBLEMA"
Durante a tarde, o PSD reagiu à greve dos motoristas. O social-democrata David Justino defendeu que o Governo tem de levantar a requisição civil para obrigar patrões e sindicato a voltarem à mesa de negociações.
Os sociais-democratas acusam ainda o Executivo de ser "parte do problema".
MOTORISTAS DIVIDIDOS SOBRE A GREVE
Longe dos piquetes, a maioria dos motoristas prefere não falar sobre os motivos da greve. Aqueles que se pronunciam têm opiniões divergentes.
A greve que começou na segunda-feira, por tempo indeterminado, foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), com o objetivo de reivindicar junto da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.