Jornada Mundial da Juventude

JMJ "vai correr bem": "Não houve planeamento, não temos orçamento, estão a improvisar"

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Bernardo Ferrão e José Gomes Ferreira analisam a polémica com o altar-palco, as declarações dos responsáveis pelo projeto e a pressa para preparar a chegada do Papa Francisco e mais de um milhão de pessoas.

A polémica com os custos das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) a Lisboa irrompeu esta semana e originou contradições entre todos os responsáveis. No fundo, ficaram muitas questões por responder. Bernardo Ferrão e José Gomes Ferreira analisam os desenvolvimentos políticos e económicos a meses de recebermos o Papa Francisco e mais de um milhão de pessas.

As obras já começaram no Parque Tejo e o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, não esconde a urgência com que é preciso construir as estruturas e finalizar tudo para receber as JMJ. Isto quando o próprio orçamento do projeto ainda não está fechado.

Bernardo Ferrão aponta que em 2018 sabia-se que Portugal ia ser um forte candidato para receber as JMJ, tendo a confirmação em 2019. Porém, só adjudicou as obras do altar-palco entre dezembro de 2022 e o início de janeiro, tendo as obras começaram este ano.

"Porque é que agora em 2023 estamos com o cronómetro a correr para fazer todas estas obras?", questiona Bernardo Ferrão.

"Não é de espantar que com toda esta pressa, todas estas obras fiquem por estes valores exorbitantes (...) tirando a pandemia, houve tempo suficiente", aponta.

Como reflexo disso, temos um bispo a dizer que está "esmagado", temos o coordenador a dizer que "não sabia porque alteraram o projeto que era muito mais barato", temos Carlos Moedas com uma "pressa e uma vontade imensa de receber o papa", refere Bernardo Ferrão.

Para além dos responsáveis das JMJ e do projeto, temos um Presidente da República que está "demasiado envolvido em todo este processo"

José Gomes Ferreira vai mais longe e diz que Marcelo entrou em contradição, ora não sabia, ora aplaudiu, ora achou caro.

O bispo auxiliar de Lisboa, D. Américo Aguiar, disse no início que o Estado compromete-se com estruturas, infraestrutura