Jornada Mundial da Juventude

O "triste espetáculo" que é a JMJ em Lisboa: os gastos e a ausência do Governo

OPINIÃO

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Bernardo Ferrão analisa a entrevista de José Sá Fernandes, na qual explica que "não é coordenador disto tudo", e a ausência do Governo nas decisões no âmbito da Jornada Mundial da Juventude.

A Câmara Municipal de Lisboa (CML), os representantes da Igreja e a construtora responsável pelo palco da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) reuniram-se esta quinta-feira, mas não foram apresentadas soluções para baixar os custos com o evento. Para além disso, enquanto a despesa da JMJ reflete indignação, ainda há outro problema que está a ser atirado “cá para fora”. A Câmara de Lisboa não vê com bons olhos a coordenação de José Sá Fernandes, mas o Governo frisa que a posição do ex-vereador se mantém. Bernardo Ferrão indica que Carlos Moedas “não soube gerir muito bem toda esta situação”.

Bernardo Ferrão explica que Carlos Moedas coordena aquilo que diz respeito ao município, isto é, o altar-palco, no Parque Tejo, no altar-palco no Parque Eduardo VII e outras altares que integrem o município.

De acordo com a entrevista que José Sá Fernandes deu ao jornal Público, esclareceu que não tinha de estar presente na reunião da CML, mas Bernardo Ferrão entende que todos os intervenientes deviam estar nessa reunião. O papel de José Sá Fernandes é de coordenador supramunicipal, que deverá estar a par das decisões da CML.

Na ótica de Bernardo Ferrão, José Sá Fernandes, quando veio à SIC Notícias, “meteu-se em caminho em que não devia ter metido” ao criticar o tamanho e o valor do palco e a Câmara de Lisboa ripostou, tentando afastá-lo.

O problema de fundo e desde a primeira hora, considera Bernardo Ferrão, é a "ausência do Governo em tudo isto". Admite que se trata de “triste espetáculo” e que “toda a gente fala disto, até em Roma”.