O prazo definido pelo Governo dá 75 dias para remover o amianto de 578 escolas públicas. Um plano ágil no papel mas que, na prática, a Associação Quercus diz ser impossível de cumprir.
"Não estamos em condições de garantir a remoção total do amianto durante a pausa escolar porque são muitas escolas e poucas empresas aptas para remover este material", afirma Carmen Lima da Associação Quercus.
Para além do problema temporal, a associação ambientalista diz ainda que os profissionais encarregues da missão estão a ser colocados em risco pela falta de materiais de proteção:
"Escasseiam fatos do tipo 5 e 6 e máscaras P3 que são as adequadas para a remoção do amianto e em vez de substituir estes fatos e máscaras de 2 em 2 horas, os trabalhadores utilizam-nas durante todo o dia e até durante a semana toda."
A associação lembra ainda que as intervenções nas 578 escolas não vão retirar o amianto mas sim o fibrocimento e, por isso, o problema vai manter-se.