Pela primeira vez na história da democracia portuguesa, o PS, liderado por José Sócrates, consegue uma maioria absoluta no Parlamento, com 45% dos votos. As legislativas de 2005 acontecem na ressaca de um período de instabilidade política, desde 2001, primeiro com a demissão de António Guterres e depois com a queda do Governo PSD/CDS de Pedro Santana Lopes.
O PSD fica abaixo dos 30%. Com um PS mais hegemónico, o CDS de Paulo Portas estabiliza o eleitorado, embora com perdas, em votos e deputados (2).
À Esquerda, o PCP elege um novo secretário-geral, Jerónimo de Sousa, e a CDU ganha dois lugares no Parlamento. O Bloco de Esquerda passa dos três deputados em 2002 para oito.
Em 2009, José Sócrates volta a levar o PS para a vitória, mas sem a maioria absoluta.
O PSD apresenta-se nas legislativas com Manuela Ferreira Leite e fica a 7% do PS, com o CDS e o Bloco de Esquerda a capitalizarem o descontentamento, à Direita e à Esquerda. A CDU dá sinais de estabilização do eleitorado, conseguindo eleger mais um deputado.
Sem maioria absoluta, Sócrates ainda tenta uma ronda negocial com os partidos para chegar a um acordo de governação. Mas em vão.
O segundo Governo de José Sócrates não chega ao segundo aniversário, sendo abalado por uma grave crise económica e financeira, que começa em 2008, e que leva ao pedido de assistência financeira à "troika".
Ficha técnica:
- Jornalista: Carolina Botelho Pinto
- Grafismo: Paulo Alves
- Produção: Diogo Amador
- Edição executiva de Tecnologia de Informação: Patrícia Moreira
- Coordenação: Sandra Varandas
- Pesquisa: Gesco e Arquivo SIC