Orçamento do Estado

Sem mudança de estratégia, Livre não votará a favor do Orçamento do Estado

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Rui Tavares avisa que é preciso prever uma possível recessão e apoiar a economia.

O deputado único do Livre, Rui Tavares, afirmou esta segunda-feira que, "a não ser que haja uma mudança estratégica" do Governo no Orçamento do Estado para 2023, o partido não poderá votar favoravelmente o documento na generalidade.

"Evidentemente, com estratégias diferentes, isso não permite um voto favorável à partida, a não ser que a estratégia fosse muito alterada", afirmou Rui Tavares, em declarações aos jornalistas, em reação ao Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) que foi hoje entregue no parlamento.

Questionado sobre se já tem uma posição fechada quanto à votação do documento na generalidade, Tavares apontou para a diferença de estratégias entre o Governo e o Livre.

"Creio que, quando há duas estratégias diferentes, e o ano passado também houve duas estratégias diferentes, dificilmente o voto seria a favor. Evidentemente que a discussão deve ser feita no parlamento", respondeu. O deputado salientou também que está consciente que o PS tem maioria absoluta na Assembleia da República.

"E a não ser que [o PS] rapidamente veja que é preciso outra amplitude nos apoios às pessoas e à economia, eu creio que este desencontro de estratégias será difícil de sanar", acrescentou.

Livre defende políticas públicas inovadoras e foco nas pessoas

Na opinião do Livre, no contexto atual, "o Governo tem de fazer políticas públicas inovadoras que ajudem as pessoas a poupar, que sejam anti-inflacionárias, que sejam anticíclicas e não pró cíclicas".

"Em termos de estratégia, o Livre tem uma estratégia diferente, seria uma estratégia de apoio em primeiro lugar às pessoas, que é também de responsabilidade orçamental", advogou.

Tavares sublinhou que "responsabilidade orçamental e responsabilidade social não são a mesma coisa que consolidação orçamental, bem pelo contrário".

O deputado insistiu que, depois de no OE2022 ter visto algumas das suas medidas aprovadas pelo PS, o partido vai ser "mais ambicioso" este ano e está disponível para "discutir mais e em mais setores".