A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva esteve durante a manhã desta quinta-feira em Algés, um dos locais mais afetados pelas fortes chuvadas. Durante a visita, o presidente da Câmara de Oeiras avançou que os prejuízos só naquela zona rondam os 5 milhões de euros.
Isaltino Morais, autarca de Oeiras, começa por dizer a Mariana Vieira da Silva, no início do encontro entre ambos que “o terramoto já passou”, contudo, os efeitos continuam à vista e os trabalhos de limpeza prosseguem.
Tanto o presidente do município quanto a ministra da Presidência foram visitar as zonas mais afetadas pelas cheias que atingiram a região de Lisboa e arredores.
“A nossa expectativa é que conseguindo todos os municípios até ao fim do ano entregar-nos os prejuízos podermos também, até ao fim do ano, aprovar não só um montante, mas também os instrumentos através dos quais podemos dar esses apoio”, referiu Mariana Vieira da Silva.
Ficou a garantia de que o Governo e a autarquia estão atentos e vão auxiliar todos os casos.
" Agora estimamos que possa ir aos cinco milhões. Acho que tendo em conta a dimensão deste fenómeno até tivemos sorte", revelou Isaltino Morais.
Oeiras foi dos concelhos mais afetados pelas intensas chuvas dos últimos dias. A rua Sacadura Cabral, onde um muro desabou, permanece fechada e assim deverá manter-se nos próximos dias.
Já em Alcântara, outro ponto crítico, as limpezas dos espaços lesados pelo temporal continuam. Casas, garagens e estabelecimentos comerciais foram inundados pela água da chuva.
Vários comerciantes tentam agora recuperar os espaços danificados de forma a poderem reabrir o quanto antes.
"Tivemos a água a uma altura de 30 centímetros, portanto estamos neste momento a fazer o levantamento para ver quais foram os danos, se foram piores do que imaginávamos ou se ficaram aquém do que nós imaginávamos. As despesas temos que pagar, para pagar temos de trabalhar, para trabalhar temos que abrir", afirmou Vítor Ferreira, um dos comerciantes afetados.
Por agora, muitos espaços mantêm-se encerrados e protegidos com sacos de areia. Quem tem negócios faz os possíveis para evitar mais prejuízos.