Dois atores egípcios que vivem fora do país foram proibidos de exercer a sua arte no Egito por "alta traição" após criticarem publicamente o regime do Presidente, Abdel Fattah al-Sisi, anunciou hoje o Sindicato de Atores egípcio.
Segundo o comunicado do Sindicato, Amr Waked e Khaled Abol Naga são acusados de "alta traição contra a nação e o povo egípcio" e de querem prejudicar "a segurança e a estabilidade do Egito". Em declarações à agência de notícias France-Presse (AFP), o presidente do Sindicato, Ashraf Zaki, indicou que "os dois atores não serão mais autorizados a atuar no Egito".
"A decisão proíbe qualquer pessoa de contratá-los", acrescentou Zaki.
Na rede social Twitter, os dois atores criticaram a decisão, que Waked descreve como "política" e Abol Naga como "precipitada".
Conhecidos pelas críticas ao poder egípcio
Os dois artistas, conhecidos pelas suas críticas ao poder egípcio, reuniram-se na segunda-feira com membros do Congresso dos Estados Unidos para discutirem a situação dos direitos humanos no Egito.
Amr Waked e Khaled Abol Naga participaram em vários filmes e séries de televisão no Egito e no estrangeiro.
Desde que o Presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, chegou ao poder, vários opositores, jornalistas e artistas foram presos.
Recentemente, o escritor egípcio Alaa al-Aswani, afirmou ser "acusado num caso militar" pelas suas posições anti-Sisi.
Organizações não-governamentais locais e internacionais acusam regularmente o Egito de violar a