Uma mulher a viver uma situação de violência doméstica ligou para o número de emergência 911, na cidade de Oregon, nos Estados Unidos, sem que o agressor se apercebesse ao fingir que estava a encomendar uma pizza.
As autoridades locais louvaram a estratégia da vítima, mas admitem que estas situações são raras, visto que os operadores não estão preparados para subentender situações deste género.
Quando a mulher, cuja identidade não foi revelada, ligou para o número de emergência foi Tim Teneyck que lhe atendeu a chamada. Inicialmente, pensou que era um engano, mas quando percebeu a insistência da mulher a encomendar a pizza, o operador notou que algo se passava, porque já tinha visto casos idênticos nas redes sociais.
"Vemos isto no Facebook, mas não é algo para o qual estamos preparados. Outros operadores com quem falei não teriam percebido. Disseram-me que não teriam acreditado", explicou à BBC.
Em declarações aos meios de comunicação locais, a mulher explicou que a mãe estava a ser agredida no momento em que estava em chamada com Tim.
Entretanto, o telefonema foi transcrito. A mulher recorreu a respostas criativas perante as perguntas que Tim Teneyck lhe fez.
O telefonema
Tim Teneyck: Oregon 911
Mulher: Queria encomendar uma piza para [a morada]
Tim Teneyck: Ligou para o 911 para encomendar uma pizza?
Mulher: Sim. Casa [número]
Tim Teneyck: Este não é o número para encomendar uma pizza...
Mulher: Não, não, não. Não está a perceber.
Tim Teneyck: Estou a começar a perceber agora.
Tim Teneyck: O homem ainda está ai?
Mulher: Sim, quero uma pizza grande.
Tim Teneyck: Certo. E ajuda médica. Precisa de ajuda médica?
Mulher: Não. Com pepperoni.
Não se sabe onde a vítima foi buscar esta referência, mas sabe-se que um caso semelhante aconteceu na Noruega, em 2010. A vítima tinha pedido uma pizza e o operador também conseguiu entender que algo estava a incomodar a pessoa tal era a insistência.
O caso circulou nas redes sociais e vários meios de comunicação noticiaram esta história, que chegou a ser motivo de um anúncio no Super Bowl de sensibilização para a violência doméstica.