Os tons de azul decoram a sala, como se estivesse debaixo de água. Suavemente, braços são elevados para o ar. Enquanto um grupo de praticantes de ioga alterna entre as diferentes posições, os peixes nadam pelo aquário gigante do Ocean Park, em Hong Kong. O conhecido parque temático abriu portas a um conjunto de atividades físicas que têm como objetivo compensar as perdas associadas com a pandemia de covid-19.
“Eu sinto-me como se estivesse na água, a movimentar-me fluidamente como os peixes”, conta Jéssica Lee, instrutora de ioga, à Reuters. “É realmente agradável estar em sintonia com eles”.
Ioga, meditação e aulas de dança são algumas das atividades que se vão realizar no interior do parque, enquanto no exterior foram inaugurados percursos de trilhos para caminhadas e espaços para fazer churrascos. Os visitantes têm de pagar uma taxa adicional, independentemente de quererem fazer as aulas ou as restantes atividades.
A pandemia de Covid-19 provocou uma paragem forçada no turismo, levando os parques temáticos a registar elevadas perdas. O Ocean Park atingiu dívidas no valor de 657 milhões de euros, tendo pedido apoio financeiro ao Governo que lhe atribuiu uma verba de cerca de 600 milhões de euros. Esta decisão foi contestada por outros parques temáticos que também atravessam dificuldades.
Apesar de já estarem em funcionamento, os parques temáticos de Hong Kong estão ainda a adaptar-se às novas normas de segurança, que obrigam à redução da capacidade máxima de visitantes.