Um acidente que envolveu um autocarro e um camião causou pelo menos 41 mortos e cerca de 10 feridos no interior do estado brasileiro de São Paulo, na manhã desta quarta-feira.
Segundo informações da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), obtidas pelo G1, a companhia já foi multada várias vezes e era considerada clandestina pelo órgão fiscalizador.
De acordo com a Artesp, "a empresa não possui registo para transporte de passageiros e circula ilegalmente desde 11 de outubro de 2019".
Motorista do autocarro diz que o travão falhou
O motorista do autocarro que transportava trabalhadores de uma fábrica têxtil disse às autoridades que houve uma falha nos travões.
De acordo com a imprensa brasileira, o motorista terá dito à Polícia Civil que seguia um outro autocarro à sua frente e que este travou de repente, obrigando-o a mudar de faixa e circular em contramão. Já na faixa contrária, quando tentou travar para não bater no camião, o veículo pesado de passageiros não desacelerou.
O investigador que ouviu o motorista logo a seguir ao acidente disse que ele aparentava estar "confuso, nervoso e não mostrava sinais de que pudesse estar alcoolizado".
"Quando ele saiu da estrada, deparou-se com o camião à sua frente. Mas não se lembra de mais nada: como se deu o acidente, se ele tentou desviar-se do camião. Ele só se lembra de ter acordado caído já fora do autocarro", disse o investigador.
Juliano Oliveira
Resultados preliminares indicam falha humana
As causas do acidente estão a ser investigadas. Uma das responsáveis pela investigação, a inspetora Camila Rosa Alves, diz que os resultados preliminares indicam falha humana como causa do acidente.
Maior acidente rodoviário do ano em São Paulo
Após o grande acidente, que já é considerado, pela Polícia Militar, como o maior em número de mortes nas estradas estaduais de São Paulo em 22 anos, as autoridades locais apelaram à população para doarem sangue em prol dos feridos.
"Nós temos o risco de não poder dar a devida assistência a essas pessoas que tanto precisam, por isso que nós estamos clamando às pessoas da região para que se desloquem aos hemocentros", pediu o secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn.