O vice-presidente do Paraguai, Hugo Velázquez, anunciou esta sexta-feira que e vai abandonar o cargo na próxima semana e retirar-se da corrida à Presidência da República do país, depois de ter sido acusado de corrupção pelos Estados Unidos.
O anúncio da demissão surgiu depois do Departamento de Estado norte-americano o ter acusado de participar em "atos de corrupção significativos" e o ter proibido de entrar em território dos Estados Unidos.
Velázquez declarou-se também a favor de que a sua mulher, Lourdes Samaniego González, abandone o respetivo cargo. Lourdes é atualmente procuradora-geral adjunta no Ministério Público paraguaio e Washington também a proibiu de pisar solo norte-americano.
Velázquez e o assessor jurídico da entidade binacional Yacyretá (EBY), Juan Carlos Duarte, foram incluídos pelos Estados Unidos na sua lista de pessoas corruptas, indicou esta sexta-feira o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.
O embaixador dos Estados Unidos no Paraguai, Marc Ostfield, disse que Duarte, a pedido de Velázquez, "ofereceu um suborno de mais de um milhão de dólares" a um funcionário público, com a suposta intenção de "obstruir uma investigação que ameaçava o vice-presidente e os seus interesses financeiros".
No entanto, Juan Carlos Duarte afirmou não ter "a menor ideia" sobre tal acusação e negou estar a ser investigado. Classificou também como "uma grande mentira" a acusação de ter oferecido um suborno.
Vou procurar uma forma de ter acesso [à informação], se puder, para poder defender-me. Vou abandonar o cargo e, como cidadão comum, vou tentar defender-me desta acusação