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Azerbaijão e Arménia prontos para a paz? Blinken acredita que há um caminho

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O conflito entre Azerbaijão e Arménia dura há cerca de 30 anos.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, telefonou ao Presidente do Azerbaijão no domingo para pedir um cessar-fogo permanente com a Arménia que inclua a retirada das tropas da fronteira.

"Hoje [domingo] falei com o Presidente [Ilham] Aliyev do Azerbaijão para saudar o recente cessar-fogo e apelar à retirada das forças militares e ao regresso às negociações de paz", anunciou Blinken nas redes sociais.

Num encontro diplomático, em Nova Iorque, com o primeiro-ministro da Arménia e o Presidente do Azerbaijão, o secretário de Estado norte-americano garantiu que os líderes dos dois países assumiram o compromisso de alcançar um acordo de paz.

O Departamento de Estado explicou, num breve comunicado, que o líder da diplomacia dos EUA pediu a Aliyev que trabalhe no sentido de resolver os problemas que a Arménia e o Azerbaijão enfrentam através de negociações de paz.

A Arménia e o Azerbaijão, que têm uma disputa desde os anos 80 sobre Nagorno-Karabakh - reconhecido internacionalmente como território do Azerbaijão, mas povoado por arménios - acusam-se mutuamente de ataques fronteiriços, que acontecem esporadicamente.

Em confrontos entre ambos os lados na terça-feira, que Baku atribuiu a uma "provocação em grande escala" de Erevan, mais de 210 militares dos dois países morreram.

A líder da Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA, Nancy Pelosi, em visita à capital da Arménia, Erevan, condenou no domingo os "ataques mortais" do Azerbaijão em território arménio.

O governo arménio saudou a posição "clara" de Washington sobre o conflito, enquanto Baku classificou as declarações de Pelosi de "injustas" e "inaceitáveis".

As tensões entre os dois países aumentaram em maio de 2021, quando os soldados do Azerbaijão cruzaram vários quilómetros dentro das fronteiras da Arménia e não quis retirar as tropas.

Após a guerra de Nagorno-Karabakh em 2020, o Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev disse que a capital da Arménia e outras zonas eram “terras históricas” do Azerbaijão.