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Mauricio Claver-Carone, presidente do BID, destituído devido a relação amorosa com trabalhadora

Mauricio Claver-Carone, presidente do BID, destituído devido a relação amorosa com trabalhadora
GABRIEL BOUYS

A mulher que mantinha uma relação amorosa com Claver-Carone terá recebido avultados aumentos salariais nos últimos anos.

O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Mauricio Claver-Carone, foi destituído do cargo pela Assembleia de Governadores da instituição, na segunda-feira, devido a uma relação amorosa com uma subordinada.

A demissão do norte-americano de origem cubana foi confirmada pelo próprio BID, que anunciou também que o dirigente será substituído interinamente pela vice-presidente executiva, a hondurenha Reina Irene Mejía Chacón.

O afastamento de Claver-Carone acontece no seguimento de uma investigação realizada após uma denúncia anónima, um caso que foi descoberto na semana passada, quando uma agência de investigação apresentou um relatório aos membros da direção executiva da instituição e estes pediram a sua destituição à Assembleia de Governadores.

A Assembleia de Governadores do BID é formada por ministros da Economia, Finanças ou diretores de bancos centrais dos 48 países membros da instituição.

O relatório, que foi divulgado por alguns órgãos de comunicação social, foi posteriormente apresentado ao próprio Claver-Carone, que continua a afirmar-se inocente e a assegurar que não existem provas que confirmem a relação.

No entanto, segundo a fonte do BID consultada pela Efe, o documento demonstra claramente a relação pessoal do presidente com uma trabalhadora, que recebeu avultados aumentos salariais nos últimos anos.

Claver-Carone estava desde 1 de outubro de 2020 no cargo onde chegou rodeado de polémica, após ter sido nomeado pelo agora ex-presidente dos EUA, Donald Trump, devido à proximidade da sua nomeação com as eleições norte-americanas, que Trump acabou por perder, e também por ser o primeiro líder da instituição não oriundo da América latina.

Apesar de a votação para eleger o presidente do BID ser supostamente secreta, foram públicos os apoios de países como Colômbia, Brasil, Bolívia ou Uruguai, assim como a oposição de outros como Argentina, México e Chile.

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