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Caso de Molly Russel: médico legista diz que jovem morreu por influência dos conteúdos das redes sociais

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A jovem britânica de 14 anos viu milhares de imagens e vídeos de automutilação e suicídio nas redes sociais.

Molly Russell era uma jovem inglesa de 14 anos que vivia com uma depressão. Acabou por se suicidar em 2017. Cinco anos depois é conhecida uma justificação para a morte da adolescente: o médico legista que acompanhou a investigação afirma que Molly foi influenciada pelos milhares de vídeos violentos que viu, durante meses, nas redes sociais.

O que a jovem partilhava nas redes sociais era o oposto do que procurava sozinha. No último meio ano de vida, Molly viu, só no Instagram, mais de duas mil fotos e vídeos de automutilações e suicídios. Quanto mais conteúdo violento via, mais lhe aparecia nas redes sociais - é assim que funciona o algoritmo. Ninguém do círculo mais próximo da adolescente de 14 anos sabia o que se estava a passar.

Desde novembro de 2017, que o pai de Molly tem lutado para que as redes sociais sejam um local seguro. O Reino Unido discute desde abril um projeto lei sobre segurança online. Foi recebido na câmara dos comuns, com forte oposição dos deputados conversadores – entre eles estava Liz Truss, atual primeira-ministra.

O Pinterest pediu desculpa à família de Molly e reconheceu que há cinco anos a rede social não era segura. O mesmo fez o Facebook, dando a garantia de que ia apostar no departamento de inteligência artificial com o objetivo de limitar ao máximo conteúdos violentos.

Para o pai de Molly, a informação mais importante foi dada, esta sexta-feira, pelo medico legista que acompanhou a investigação. Depois de anos a analisar dados online, Andrew Walker não tem dúvidas de que Molly morreu por influência dos conteúdos que via nas redes sociais.

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