Um professor universitário foi detido pelas autoridades norueguesas por suspeitas de ser um espião russo. A detenção foi realizadas esta segunda-feira pelos Serviços de Segurança e Polícia Noruegueses (conhecida pela sigla PST).
As autoridades acreditam que o homem, que chegou à Noruega como cidadania brasileira, estava a usar uma identidade e um nome falso. Defendem, segundo cita o canal público NRK, que estaria a trabalhar para os serviços de inteligência da Rússia.
O indivíduo trabalhava na Universidade Ártica da Noruega como “investigador brasileiro”. Foi expulso do país por as autoridades acreditarem que “representa uma ameaça aos interesses nacionais fundamentais”, cita a Sky News – parceira das SIC.
As autoridades norueguesas estão “preocupadas de que ele possa adquirir uma rede e informações sobre a política da Noruega na região do norte”, afirma Hedvig Moe, deputado-chefe da PST.
“Mesmo que esta rede ou a informação pouco a pouco não seja uma ameaça à segurança do reino, estamos preocupados que a informação possa ser mal utilizada pela Rússia”, acrescenta.
O responsável pela PST avança ao canal público norueguês que existiu uma cooperação internacional neste caso, que incluiu serviços de inteligência de outros países. Não quis, no entanto, especificar os países envolvidos.
O administrador da Universidade Ártica da Noruega, Jørgen Fossland, reconhece que o indivíduo era “um professor convidado” e que foi detido na segunda-feira, quando se dirigia para o academia. No dia seguinte, o tribunal decidiu que o suspeito deveria ficar detido durante quatro semanas. O advogado de defesa, Thomas Hansen, garantiu ao jornal VG que o seu cliente não fez nada de mal.
Nas últimas semanas, vários cidadãos russos foram detidos na Noruega. Três homens e uma mulher foram detidos – e entretanto libertados – por alegadamente terem tirado fotografias aos objetos proibidos na central norueguesa.