O supremacista branco Janusz Walus, autor do homicídio, em 1993, do líder do Partido Comunista, Chris Hani, foi esta terça-feira esfaqueado na prisão, poucas horas após as autoridades sul-africanas terem confirmado a sua iminente libertação condicional.
O porta-voz do Departamento de Serviços Correcionais (DCS, na sigla em inglês), Singabakho Nxumalo, confirmou que o crime foi cometido por outro preso com quem Walus partilhava a cela e afirmou que o estado de saúde de Walus é "estável".
"Um relatório detalhado do incidente será fornecido num momento posterior, mas o que pode ser afirmado, neste momento, é que o recluso Walus está estável e os profissionais de saúde do DCS estão a prestar os cuidados necessários", afirmou Nxumalo, numa declaração.
O porta-voz afirmou, ainda, que o caso será investigado uma vez que "esfaqueamentos e outras formas de distúrbios são ofensas não justificadas num ambiente correcional".
Walus, cuja cidadania foi revogada pela África do Sul em 2017, foi condenado à morte juntamente com o político sul-africano de direita Clive Derby-Lewis, embora as sentenças tenham sido comutadas para prisão perpétua quando a África do Sul aboliu a pena de morte em 1995.
O Ministério do Interior disse esta terça-feira, numa declaração, que aceitou a decisão do Supremo Tribunal, que na semana passada aprovou a libertação condicional de Walus, uma decisão que foi fortemente criticada pela esposa de Hani, que apelidou a decisão de "diabólica".
O ministro dos Assuntos Internos, Aaron Motsoaledi, afirmou que as autoridades concederam residência permanente a Walus "para cumprir a sua libertação sob fiança na África do Sul, na condição de não utilizar quaisquer documentos de viagem ou documentos emitidos pela Embaixada da Polónia".
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