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Brasil lamenta morte de Jiang Zemin e recorda contributo para fortalecer relações

Brasil lamenta morte de Jiang Zemin e recorda contributo para fortalecer relações
POOL New

O ex-líder chinês morreu esta a quarta-feira, aos 96 anos.

O Governo brasileiro enalteceu esta quinta-feira a importância do ex-líder chinês Jiang Zemin, que morreu na quarta-feira, no fortalecimento das relações entre os dois países.

"Ao longo de seu mandato, Jiang Zemin visitou o Brasil em 1993 e 2001, contribuindo para fortalecer as relações bilaterais. Em 1993, nos primeiros anos da presidência de Jiang Zemin, Brasil e China lançaram sua Parceria Estratégica", indicou, em nota divulgada esta quinta-feira, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

Por essa razão, o Brasil tomou conhecimento, "com pesar", da morte de Jiang Zemin e transmitiu "ao Governo da República Popular da China e aos familiares do ex-Presidente Jiang Zemin suas mais sinceras condolências".

O ex-presidente chinês Jiang Zemin, que liderou a China após os protestos pró-democracia de Tiananmen, em 1989, até ao início da década de 2000, morreu na quarta-feira aos 96 anos.

Jiang ascendeu ao poder um dia depois de tanques do exército terem posto fim ao movimento da Praça Tiananmen, na noite de 3 para 4 de junho de 1989, e acompanhou a transformação do país mais populoso do mundo numa potência mundial.

Jiang morreu de leucemia e da falência múltipla de órgãos em Xangai, a "capital" económica da China, onde serviu como líder local do Partido Comunista (PCC), na segunda metade dos anos 1980.

Uma escolha surpreendente para liderar o Partido, dividido após a turbulência de 1989, Jiang viu a China passar por várias transformações históricas, incluindo a retoma de reformas económicas orientadas para o mercado, o retorno da soberania de Hong Kong e Macau pelo Reino Unido e Portugal, respetivamente, e a entrada de Pequim na Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2001.

Mesmo durante um período em que a China se abriu ao exterior, a administração de Jiang reprimiu dissidentes e ativistas que defenderam os direitos humanos e laborais e reformas pró-democracia, e baniu o movimento espiritual Falun Gong, que o PCC viu como uma ameaça ao seu monopólio de poder.

Jiang abdicou do seu último título oficial em 2004, mas continuou a exercer influência nos bastidores, durante as disputas entre diferentes fações do PCC, que antecederam à ascensão ao poder do atual líder chinês, Xi Jinping, em 2012.

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